segunda-feira, 6 de julho de 2009

um sonho


A voz vem, de não muito longe. Voz clara, límpida. Voz de mulher, ligeiramente grave, algo rouca. Com uma alegria incontida. Uma voz de mulher que fala alto e ri dentro do camarim, escada acima. Por entre os corredores do estúdio eu sigo aquela voz. Não sei se conversa com alguém, se canta ou se fala um texto a sós. Mas é como se falasse comigo, como se me chamasse com urgência. Um apelo claro, forte. Eu apenas sigo o caminho da voz, sem pensar em quem a emite. Eu a sigo com o mesmo instinto da abelha que busca a flor. Aquela voz é o aroma de alguém, aroma de um ser que me atrai.
E eu vou.

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