terça-feira, 31 de março de 2009

vísceras do poema (texto em processo)

Construo meu castelo

Castelo não, que castelo

Não é algo que hoje se construa

Exceto o castelo de cartas,

Frágil no equilíbrio

Ou o castelo de areia,

Que celebra a impermanência

 

A construção que executo

Não se dimensiona em metros

Ou massa, volume

É obra tênue, arredia

Sopro de brisa no seio do dia

Luz que atravessa a nuvem, difusa

 

É instrumento que não se utiliza

É lanterna, mas sem o lume

É bomba sem explosão

Açúcar sem o doce

A essa construção peculiar

Você chamaria poesia

Ou, mais propriamente, vida?

...

 

Um comentário:

  1. DADO, GOSTEI MUITO DESTE POEMA, TEM ALGO DE MUITO NOBRE, MUITO PROFUNDO, ALGO QUE FALA A MIM. ABRAÇO BETO CHADE

    ResponderExcluir