Construo meu castelo
Castelo não, que castelo
Não é algo que hoje se construa
Exceto o castelo de cartas,
Frágil no equilíbrio
Ou o castelo de areia,
Que celebra a impermanência
A construção que executo
Não se dimensiona em metros
Ou massa, volume
É obra tênue, arredia
Sopro de brisa no seio do dia
Luz que atravessa a nuvem, difusa
É instrumento que não se utiliza
É lanterna, mas sem o lume
É bomba sem explosão
Açúcar sem o doce
A essa construção peculiar
Você chamaria poesia
Ou, mais propriamente, vida?
...
DADO, GOSTEI MUITO DESTE POEMA, TEM ALGO DE MUITO NOBRE, MUITO PROFUNDO, ALGO QUE FALA A MIM. ABRAÇO BETO CHADE
ResponderExcluir